Antes tarde do que nunca, vim explicar como funciona as eleições nos EUA. Se no Brasil o voto é obrigatório, temos urna eletrônica e, agora até aplicativo; nos EUA o voto é facultativo (sem obrigação) e a eleição não é direta. Como assim a votação não é direta? No Brasil o candidato com mais votos ganha a eleição. Ser o candidato mais votado não necessariamente te faz ganhar o cargo nos EUA, como foi o caso da Hillary Clinton na última eleição presidencial. Como o candidato mais votado não é eleito?
Nos EUA existem distritos federais, e cada distrito tem o colégio eleitoral composto por deputados e senadores. Esse “electoral college” vão representar a maioria dos votos do seu estado. Por exemplo, a Califórnia tem 53 deputados e 2 senadores, 55 representantes no total; o candidato que for mais votado nesse estado leva 55 pontos na eleição. Existem 528 lugares no “electoral college” e o candidato precisa de 270 votos para ser eleito.
Agora vamos falar das exceções. Caso algum delegado (senador ou deputado) não quiser votar no candidato que a população escolheu, ele pode mudar o seu voto. Os americanos chamam esse delegado de infiel. É raro acontecer, mas quando acontece quase não muda nada no resultado final da eleição. Existe também os estados que sempre votam no mesmo partido, como é o caso do Texas; e os “Swing States” que recebem mais atenção dos candidatos durante a campanha eleitoral, como Flórida, Carolina do Norte, Ohio e Pensilvânia. Esses estados são fundamentais para a eleição.
Outra diferença americana é que a votação não é toda feita no mesmo dia. Existem os estados com votação eletrônica, por papel, por correio e até mesmo votação antecipada. Por essas diversas formas de votação que os americanos demoram tanto para finalmente descobrirem o resultado da eleição.
Você já entendia as eleições americanas? Ficou com alguma dúvida? A youtuber Keka Mallon tem um vídeo explicativo sobre o assunto. Você também pode deixar um comentário aqui ou me seguir lá no Instagram (@steeph.tete).